Empresas de ensino superior querem que MEC mude critérios de avaliação
Em: 15 Maio 2017 | Fonte: Folha de S.Paulo
As instituições de ensino superior negociam com o governo mudanças nos critérios de avaliação, segundo Janguiê Diniz, presidente da Abmes (associação do setor) e presidente do conselho de administ ração da Ser Educacional.
Uma das propostas do setor, conforme Diniz, é a criação de parâmetros distintos para apreciar o mérito das faculdades de cada região.
"Não é correto, por exemplo, avaliar da mesma forma um professor em São Paulo e um no Amazonas, onde a oferta de docentes com mestrado e doutorado é muito menor", afirma o executivo.
A titulação de professores tem peso de 22,5% na nota.
Na região Centro-Oeste, 69% dos professores com doutorado se formaram em outros Estados. No Sudeste, a taxa é de 3%, aponta estudo da associação.
A necessidade de trazer docentes de fora eleva as médias salariais e pressiona os custos das empresas, diz ele.
Outra solicitação do setor são mudanças no Enade (exame nacional prestado por estudantes), prova que responde por 55% da avaliação.
As instituições se queixam de que o exame é pouco atrativo para os alunos, que não se dedicam às provas, o que prejudica a nota dos cursos.
Uma das propostas é que o Enade seja feito pela internet e que o resultado conste no histórico escolar do estudante, para que haja maior comprometimento.
A nota gerada a partir desses indicadores é usada para regular diversas atividades das instituições.
A avaliação interfere, por exemplo, na participação no Fies (financiamento estudantil) e nos requisitos para abrir novos cursos e unidades.
A secretária-executiva do MEC (Ministério da Educação), Maria Helena Guimarães, afirma que a inclusão da nota do Enade no histórico escolar "é um pleito antigo" das instituições.
"Será um dos temas da reunião do final deste mês do Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior. Mas não há mudança prevista antes disso e sem antes ser discutida com os setores privado e
público."
Um lugar ao sol
A Usiminas se volta para o mercado de energia solar ao fornecer estruturas metálicas para a aplicação em painéis fotovoltaicos, que convertem radiação solar em eletricidade.
A Soluções Usiminas, empresa de beneficiamento do aço da siderúrgica, fabrica perfis e tubos para a geração de energia solar.
"Concorremos com produtos de acordo com a necessidade dos clientes, já prontos para serem instalados", diz Ascanio Merrighi, diretor-executivo da Soluções Usiminas.
A Usiminas não tem a mesma flexibilidade.
Se forem feitos os investimentos necessários no setor, o Brasil poderá ser um dos maiores geradores de solar do mundo, afirma.
O resultado da Soluções cresce em participação no da empresa mãe. No primeiro trimestre de 2017, o Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) foi de R$ 37 milhões -contra R$ 3
milhões no mesmo período de 2016.
R$ 567 milhões
foi a receita líquida da Soluções no primeiro tri de 2017
R$ 2,35 bilhões
foi a receita líquida da Usiminas no período
*
Philips aumentará participação em PPPs no Brasil
A Philips participará de mais PPPs nos próximos anos, segundo o diretor-executivo da operação brasileira, Renato Carvalho.
A primeira e única até aqui foi firmada em 2015 com o governo da Bahia, em consórcio com a Alliar e a Fidi.
"O 'timing' depende muito da situação política de cada Estado, mas temos discutido entrar em 3 a 5 PPPs", afirma o executivo.
A curto prazo, uma das principais estratégias será priorizar a linha de entrada de equipamentos médicos.
Hoje, cerca de 40% do portfólio da companhia está inserido na faixa mais básica. A expectativa é dobrar a oferta nesta linha, afirma Carvalho.
A iniciativa se tornou mais comum entre fabricantes, que ampliaram a oferta de itens mais baratos e com menos funções, diz Carlos Goulart, presidente-executivo da Abimed (que representa o setor).
A Fujifilm não mexeu em seu portfólio, mas reduziu os preços de 15% a 20% com o corte de margens de lucro, segundo Eduardo Tugas, diretor da área da empresa.
A GE também olha com atenção para o setor de saúde no país. Na América Latina, o crescimento anual foi de 14%.
Raio-X
€ 4,03 BILHÕES
(R$ 13,76 bilhões) foi o faturamento dos negócios ligados à saúde no 1º trimestre
3%
foi o crescimento em relação ao mesmo período de 2016
€ 259 MILHÕES
(R$ 884,3 milhões) foi o lucro líquido no período
*
Alta na saúde
O valor revelado das transações de private equity na área da saúde, em 2016, foi o maior dos últimos dez anos, segundo a Bain & Company.
Foram movimentados US$ 36,4 bilhões (R$ 113,68 bilhões), um crescimento anual de quase 60%.
O movimento foi o oposto do observado no segmento de private equity como um todo, que somou US$ 328 bilhões (R$ 1,02 trilhão) e caiu 22,4%.
Os principais alvos dos investidores foram áreas da saúde menos expostas a questões regulatórias, como tecnologia da informação, segundo a consultoria.
Franquias A varejista de utilidades domésticas Multicoisas prevê a abertura de 15 lojas neste ano, cinco a mais que em 2016. Atualmente são 203 unidades. As prioridades serão a região Sul e mercados com públicos A e B.