As instituições de ensino superior estão de luto
Em: 10 Junho 2016 | Fonte: Fórum
Na noite do dia 8 de junho, 18 pessoas morreram em acidente com ônibus na rodovia Mogi Bertioga, sendo que grande parte das vitimas eram estudantes que moravam no litoral, mas especificamente em São Sebastião.
Na mesma data, mas em 1972, uma colisão envolvendo o então conhecido trem dos estudantes e uma outra composição ferroviária, deixou 23 mortos e 65 feridos graves.
O jornal O Diário fez a cobertura do acidente na época. Segundo informações do jornal, o trem havia deixado a então Estação Roosevelt. Às 7h46, 2 quilômetros depois da estação de Suzano, em direção ao distrito de Jundiapeba, uma interrupção na energia elétrica fez com que a composição parasse. Pela mesma linha, também em direção a Jundiapeba, circulava outra composição movida a diesel para a qual a interrupção da energia elétrica não representava qualquer problema.
Quando o trem a diesel passou por Suzano, uma falha de comunicação não o reteve na plataforma. Naquela época, sem os controles automáticos atuais, um trem só poderia deixar uma estação, no caso a de Suzano, se o que o antecedia (o dos Estudantes), tivesse passado pela estação seguinte (Jundiapeba).
A falha de comunicação liberou em Suzano o trem de diesel que, 2 quilômetros a frente bateu no trem dos estudantes. De imediato morreram 17 pessoas, entre as quais 14 estudantes. A tripulação do trem a diesel , composta por dois maquinistas e um guarda de trem, também morreu.
A noticia de novo acidente é muito triste pois jovens entusiasmados na realização profissional, tem a vida interrompida por um acidente que mais uma vez deixará sua marca para cidade de Mogi das Cruzes que teve e tem papel importante na oferta de cursos com qualidade. O Fórum das Entidades de Ensino Superior Particular se solidara com os familiares, com os amigos, com a universidades e faculdades em função das perdas inestimáveis e pugna que as autoridades reflitam sobre a necessidade de ações que visem evitar novos acidentes.
Do acidente ocorrido em 1972 até hoje, fica clara a falta de oferta de cursos superiores no Brasil e principalmente a falta de cumprimento de metas na educação, a exemplo do que ocorreu com Plano Nacional de Educação em função da publicação da Lei 10.172, de 2001, cujas várias metas ficaram no papel.
Novo Plano Nacional de Educação foi aprovada pela Lei nº 13003, de 2014 e fará dois anos de vigência no dia 25 de junho e entre sua metas é de elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.
Expandir o acesso ao Ensino Superior é um grande desafio para aumentar a escolaridade média da população. Promover a interiorização das instituições, aumentar o número de vagas e criar mecanismos de inclusão de populações marginalizadas são algumas medidas que devem ser desenvolvidas para que a meta seja atingida.
As mortes tem que ser evitadas e caso o Plano Nacional de Educação seja de fato cumprido, egressos do ensino médio terão acesso facilitado, inclusive nas diversas modalidades, como presencial, a distancia e o semipresencial.
O sistema complexo, burocrático e lento de autorização de curso e credenciamento de Instituições de ensino precisa ser modificado para dar condições de acesso e maior interiorização na oferta de cursos e o Ministro da Educação, recém empossado, tem grande oportunidade juntamente com a Secretarias e INEP de simplificar os processos autorizativos e perseguir a oferta de cursos com qualidade.
O Fórum das Entidades de Ensino Superior particular indica as Instituições Particulares de Ensino decretem dois dias de luto em função do lamentável e triste acidente que vitimou alunos e outras pessoas.